terça-feira, 19 de maio de 2009

Fazendo as pazes com Martha Medeiros


Cheia de coisas para fazer mas sem muito que eu quisesse começar de fato, acabei de fazer um desses testes de Internet. Se eu fosse um livro nacional, qual eu seria? Um best-seller ultra popular um relato intimista? Coincidência ou não, não é que o resultado foi justamente o livro que estou (tri)(re)lendo no momento? Doidas e Santas, da Martha Medeiros.

Fiz as pazes com ela depois dessas crônicas. Pra ser sincera, eu não era lá muito fã da moça. Os únicos textos que me chegavam dela eram via correntes de email. Aqueles textos de autoria duvidosa e que sempre me pareciam mais relatos de autoajuda e receitas prontas de como ter uma vida feliz. Daí que um dia desses eu estava conversando com um amigo e, livros copos e pontas de cigarro alheias espalhados na mesa da sala, ele me vem mostrar algumas historinhas da moça.

Torci o nariz mentalmente mas, em nome da amizade e dos tantos copos de vodka já ingeridos, não reclamei – e ainda bem que não. Em vez de alguém me explicando como “ a pessoa errada poderia ser a pessoa mais importante da minha vida”, de algum Luis Fernando genérico que nada tem a ver com o Veríssimo, achei uma moça que tece pequenas grandes crônicas de cotidiano a partir de tudo que é história, banal ou não. Curiosa, meio doida e nada santa, levei as Doidas e Santas da Martha emprestadas para casa.

Em geral, eu gosto de quase tudo que é crônica e sempre as leio de pouquinho, rendendo feito o último quadradinho da barra de chocolate. Com a Martha não foi diferente. Do ladinho da minha cama já há algumas semanas, a moça me brindou todo dia com historinhas diferentes. De comer pipoca em frente à TV ela me mostrou que eu tenho que parar de ser medrosa e me jogar nas coisas pra não ser piruá. Mostrou que quase todo mundo tem barriga e que eu posso gostar da minha (essa inominável!). E até que eu, sempre tão ferrenha defensora da Língua Portuguesa, posso achar interessante o descarte da norma culta como uma espécie de louvor à imperfeição cotidiana.

Se a Martha tem receitas de viver, todas elas devem ser de pudim de chocolate, até quando ela fala de coisa triste. Livro terminado já umas três vezes, só falta a vontade de devolver. Posso só mais uns diazinhos? Posso? Posso?

*Quem ainda não conhece a moça pode começar por aqui e também por aqui, ou por onde quiser.

4 comentários:

Fernando Miranda disse...

"I was her love, she was my queen,
And now a thousand years between."

Concordo contigo. Quem ouve a versão dos The Bad Plus para "Smells Like Teen Spirits" concordará conosco (háháhá).

Mas as boas bandas não resitem a fazer um bom cover com personalidade, não? Ainda farei uma lista dos meus preferidos por aqui.

Abraço, e continue dando os teus gomos de sabedoria por estas bandas.

Brazylianskies

Anônimo disse...

Você pode tudo o que quiser. Se ele não aceitar eu te presenteio com outro. =D

Dani M. disse...

Oi Tangerine! Brigada pela visita. Estava lendo sua descrição e como boas libriana e geminiana que somos temos umas coisas em comum, hehehe...
Vô ficar de olho aqui no blog. Beijinhos

ligia disse...

Su, to te convidando pra fazer um meme musical, se vc tiver a fim . é bem legal. as regras são 1- escolher um cantor(a) ou grupo; 2- a cada pergunta feita, terá que escolher um título de ou trecho de uma música e colocá-lo lá como resposta, 3-por último, repassar a 7 blogs. (qntos vcs quiser hehe).. eu fiz..olha no meu blog. é um bom exercicio.

bjs