terça-feira, 13 de setembro de 2011

Hakuna Matata

Hoje tudo o que eu precisava para ser feliz era um pacotão de batata frita.
E o Rei Leão em 3D.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

(Re)aprender

Então era sempre assim: salgado de padaria no meio do telejornal, trabalho até altas horas da madrugada e um livro inteirinho ou um texto pro blog sempre que não tinha jeito de conseguir dormir. Acordar ao meio dia.

Só que de repente, mais rápido do que os sentidos conseguem perceber, ficou assim: aprender a cozinhar, condensar todas as demandas profissionais dentro do horário de trabalho porque à noite em casa não dá tempo, aulas da pós-graduação, olho pregando de cansaço às nove da noite e meio mundo de coisa pra fazer mesmo assim. Na hora de dormir, dividir a cama todos os dias e uma (ma)Luquice de sorriso sem fim todo dia até o fim do dia. Acordar às oito da manhã pensando como é que pôde se atrasar tanto.

Ela voltou para a escola e não é só literalmente. Seria mais fácil se fosse só mais um round de luta com os teóricos do jornalismo ou com pilhas de livros para ler. Mas é que a casa de 350m², três suítes e cinco banheiros onde moravam mãe e duas filhas agora só existe na memória e nas tardes de domingo. No lugar dela, um apartamento de 56m², nenhuma suíte, um só banheiro. Tem que bastar para a família recém-formada: namorido e enteado. Difícil acreditar que hoje ela trocou o shopping pelo supermercado e agora freqüenta as seções de moda infantil e de brinquedos das lojas de departamento. Sabiam que na semana passada ela desistiu de uma saia em promoção por um pacote de cuecas de criança?

Com tanta coisa junto, o jeito é se virar para entender que matemática de repente transformou um em três. Possibilitar o impossível, extasiada e exasperada ao mesmo tempo. Sorrir mesmo contrariada, e dali a segundos sorrir de verdade. No meio disso tudo, ainda encontrar tempo para namorar. Alternar a raiva com uns momentos que – juro! – dá pra pensar que a gente vai espocar de tanto amor.

Ela calçou salto agulha e quando saiu de casa viu que tinha que caminhar numa rua de pedrinhas. Não tenho a menor idéia de como ela vai conseguir fazer isso. Mas, bem ou mal, à custa de alguns joelhos ralados, ela está caminhando. Quem pode parar?