pagando tentando não pagar e advertir: “Olha, cuidado que o seu cadarço está desamarrado, você pode cair”.
a) Se jogar da ponte sobre o rio Tocantins;
b) Responder que o cadarço está desamarrado porque assim o exercício fica mais difícil, e você gosta é de aventura então vai ficar assim;
c) Começar a fazer todo tipo de sinais para que a treinadora veja e dê um jeito de parar a esteira que você ainda não sabe onde pára;
d) Fazer de conta que não ouviu e continuar correndo com o cadarço desamarrado e o tênis quase saindo do pé pelos dez minutos seguintes, rezando para não cair e piorar ainda mais a situação.
e) Pedir pra ele parar a esteira pra você.
A Melhor Amiga diz que tudo é pretexto e, em se tratando dos atributos do rapaz precavido em questão – loirice, olhos azuis, bíceps torneado e preocupação com meninas indefesas diante da esteira engolidora de cadarços – eu deveria aproveitar era o pretexto pra puxar assunto.
Mas, er, bem, existe um motivo pra eu preferir sempre usar sandálias. É que eu nunca entendi muito bem essas histórias de orelhinha de coelho que dá a volta e depois encaixa. Não espalhem, mas meu laço de sapato é um horror.
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