segunda-feira, 21 de abril de 2008

Cadarços e traumas de academia

Na esteira que ainda não aprendeu a usar, no segundo dia de malhação na academia. Na bicicleta, bem na frente, loiro olhos azuis bíceps torneado tatuagem no ombro (suspiro).

É claro que essa é uma hora perfeita pro cadarço desamarrar, igual menina da terceira série, e a gente ficar toda atarantada, porque não sabe/pode parar a esteira de uma vez e fica com medo de cair e os outros perceberem. É mais claro ainda que é justamente o loiro olhos azuis bíceps torneado tatuagem no ombro (suspiro) que vai perceber o mico que você está pagando tentando não pagar e advertir: “Olha, cuidado que o seu cadarço está desamarrado, você pode cair”.

O que fazer?

a) Se jogar da ponte sobre o rio Tocantins;

b) Responder que o cadarço está desamarrado porque assim o exercício fica mais difícil, e você gosta é de aventura então vai ficar assim;

c) Começar a fazer todo tipo de sinais para que a treinadora veja e dê um jeito de parar a esteira que você ainda não sabe onde pára;

d) Fazer de conta que não ouviu e continuar correndo com o cadarço desamarrado e o tênis quase saindo do pé pelos dez minutos seguintes, rezando para não cair e piorar ainda mais a situação.

e) Pedir pra ele parar a esteira pra você.

A Melhor Amiga diz que tudo é pretexto e, em se tratando dos atributos do rapaz precavido em questão – loirice, olhos azuis, bíceps torneado e preocupação com meninas indefesas diante da esteira engolidora de cadarços – eu deveria aproveitar era o pretexto pra puxar assunto.

Mas, er, bem, existe um motivo pra eu preferir sempre usar sandálias. É que eu nunca entendi muito bem essas histórias de orelhinha de coelho que dá a volta e depois encaixa. Não espalhem, mas meu laço de sapato é um horror.

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