Era o penúltimo dia em São Paulo. Fui ao caixa eletrônico garantir o pão e o circo dos últimos dias de férias. Seis da tarde e aquele friozinho gostoso de final de inverno na Avenida Paulista.
Daí que tinha o tal na porta da agência, do lado da alta de lixo, sentado no chão e enrolado em um par de mantas cinzentas e esfarrapadas. Ele revira os olhinhos remelentos e lamuriosos na minha direção, respira fundo, estende os braços e pergunta:
- Namora comigo?
E olha que foi o primeiro pedido de namoro que recebo em quase dois anos. E tem um povo por aí que acha que a vida amorosa deles que é uma piada.
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3 comentários:
Suuuuuu, ele era o sapo dos contos! Mais um dedinho de prosa e você descobriria! Ele é dono do Jardins inteiro, adora jornalista inteligente de sobrenome histórico, ótimo de cama e a conversa é das que não podem acabar nem quando amanhece...
Agora babou.
Beijocas.
Pois é... A fome do homem hj em dia não é só de pão, mas principalmente de amor...
vixi, TiaSelma, vai que era? agora já foi... eu também que nao ia beijá-lo pra descobrir, hahahahahha. Ri muito com o comentário.
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