quarta-feira, 8 de junho de 2011

E quem irá dizer que não existe razão?


Sabe quando a gente vê, depois de grande, um filme que era acostumado a ver na nossa infância e aí é que entende direito?

Eduardo e Mônica são só um ano mais novos que eu. Hoje à tarde eles conseguiram me prender durante vários minutos olhando embevecida para a tela do computador. Culpa do coração de tangerina que anda doce demais.

Se você foi criança ou adolescente nas década de 80 e 90, com certeza sabe de quem eu estou falando. Ser fã da Legião Urbana e ter crises existenciais feito um Renato era praxe. Mas questão de honra mesmo era cantar, decoradinho, as letras de Eduardo e Mônica e de Faroeste Caboclo.

Eu sabia as duas e apostava com os amigos na hora do recreio, só para sentir o gostinho dos olhares aprovadores enquanto recitava a saga de João do Santo Cristo sem errar um artigozinho sequer. E depois da aula, corria para o videokê do shopping que ficava ao lado da escola. A gente cantava Eduardo e Mônica só porque era uma das músicas mais compridas da lista e assim a gente podia ficar mais tempo na brincadeira.

(Aviso: não tente me testar hoje em dia. A minha memória para o rock nacional não é mais assim tão boa)



Aproveitei cinco minutos para checar o tal do vídeo promocional da Vivo que todo mundo anda falando. E me policiei para o chefe não me pegar sorrindo para a tela do computador, com cara de que está fazendo tudo menos trabalhando. Não deu pra evitar de ficar arrepiada com Eduardo e Mônica, e nem foi só por causa da memória de recreio e videokê. Foi pelo vislumbre de amor possível, simples do jeito que tem que ser, sem cara de cinema e nem de novela, que conseguiu falar em cheio com as borboletas no estômago de cada um de nós.

E eu nem imaginava Eduardo e Mônica com aqueles telefones chiques. Sempre me passou pela cabeça os dois se encontrando numa pracinha de interior e indo ao cinema. O que me arrepia ainda mais e é outro ponto excelente da campanha, porque transforma Eduardo e Mônica de ícones da minha infância a par romântico atemporal, até poderiam ser você e o seu bem-querer, olha só.

Se eu quiser, você me dá um amor desses de cinema? Depois de hoje, vai ter mais gente pedindo um amor de Eduardo e Mônica. Afinal, quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?


4 comentários:

Leo disse...

E quem um dia iria dizer que o romantismo, que foi transformado em pieguice brega por gente piegas e brega, voltaria assim, de sopetão e tão bem transposto da música para o filme?

Leo disse...

E quem um dia iria dizer que o romantismo, que foi transformado em pieguice brega por gente piegas e brega, voltaria assim, de sopetão, tão bem transposto da música para o filme?

tiaselma.com disse...

Ele mandava bem. Muito bem. Inspirador sempre.

Beijocas!

~ Lu ~ disse...

PQP!!!

f*da-se se o video é publicitario ou coisa do tipo... que saudade que me deu de música de verdade (nacional)...

na boa, me arrepiei vendo o video, fiquei aqui pensando no que minha "monica" ta pensando/fazendo agora... ai ai


ah: e eu ainda sei cantar faroeste caboclo, e sem ajuda do google! =P